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Nutrindo o corpo, a mente e os relacionamentos - Revolução da longevidade (3)


No Japão e na Koreia, ao contrário do Brasil, o/a idoso/a tem de ser respeitado/a. Velhice não é entendida como se algo muito errado estivesse acontecendo com a pessoa e, portanto, ela, com a envelhescência, fosse perdendo o valor social. Isso mostra a relevância do aspecto cultural do envelhecimento.


Na sociedade brasileira, a aparência é o cartão de entrada para se ser respeitado/a em diferentes situações e isso inclui disfarçar a todo custo a idade. Esse aspecto é ainda mais cruel em relação às mulheres, já que o Brasil é uma sociedade predominantemente machista.


Porém, concentrar-se apenas na estrutura externa é esquecer-se de investir também na aprendizagem e na sabedoria que se pode adquirir com a envelhescência. Envelhecer bem ultrapassa a simples busca por manter um corpo e um rosto jovens e bonitos eternamente.

Envelhecer bem significa investir em saúde e a saúde refletirá no aspecto externo e no nível de energia apresentado pela pessoa. Mas, para isso, é necessário se alimentar, dormir, exercitar-se e respirar adequadamente. Como se vê, as ações são conjuntas e complementares. Não existe uma única solução mágica. Esqueça o estabilizar-se na zona confortável do viver!

Uma das ações importantes para se manter o cérebro saudável é buscar estar presente naquilo que se faz, seja apreciando as flores do jardim, o pôr-do-sol, o almoço em família, ou o papo gostoso com os amigos. Mas, preferencialmente, sem o celular na mão (ou na mesa). Sim, sem celular, porque o verbo é apreciar e para isso tem de se estar presente, observando o ambiente ou ouvindo o outro.


Uma ferramenta que pode ajudar a pessoa a fazer isso de forma mais consciente é a mindfulness, que é um exercício de autocontrole da atenção com atitude de abertura, curiosidade e aceitação. Ela pode ser exercitada por meio da meditação. Além de trazer a pessoa para o aqui e agora, é uma ferramenta que contribui para a autorregulação das emoções, possibilitando a diminuição do estresse ruim. Menos estresse, mais possibilidade de relacionamentos melhores. E relacionamentos é um dos pilares do envelhecimento saudável.


Tanto é assim que o tipo de relacionamento que a pessoa mantém no processo de envelhecimento está conectado a sua saúde física e emocional. Ou seja, o envelhecimento saudável tem a ver com o tipo de conexão que o indivído estabeleceu na jornada do envelhecimento, no processo de viver a vida.


Mas saiba que isso não tem a ver com quantos amigos/as a pessoa tem, e, sim, com o fato de que as necessidades emocionais, espirituais e sociais dela estão sendo atendidas. E o meio por onde a pessoa pode estabecer relacionamentos saudáveis e gratificantes é bem diversificado: cônjuge, amigos/as, animais de estimação, atividades sociais, trabalho voluntário e hobbies. Várias pesquisas mostram, ainda, que bons relacionamentos protegem as pessoas de doenças do coração, gripe comum e ajuda o indivíduo a viver muito mais.

O bom de tudo é que é possível colher benefícios do envelhecer com qualidade de vida - proporcionais, é claro! - independentemente de quando se comece a seguir nessa direção. Portanto, que tal optar por começar a envelhecer bem hoje?




REFERÊNCIAS

Livros

Boniwell, I. & Tunaril A. Positive Psychology - Theory, research and applicartions. Second Edition. NY: Open International Publishing. 2019.



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